O que mais oiço desde o início do curso é que a
visão que se tinha do aluno antigamente é diferente da visão que se tem dele
nos dias actuais Nada mais certo. Pois, o aluno de antigamente era limitado a
aprender, ou memorizar aquilo que o professor transmitia. Ele se assemelhava à
uma máquina que somente funcionava sob o controlo do professor. Devia aceitar
tudo o que afirmava, já que duvidar de suas afirmações era desrespeitá-lo, e
isso implicava uma sanção. Era ele a pessoa mais respeitada na sociedade.
Conhecia tudo ou melhor, pensava conhecer tudo. Imagino o tédio que deveriam
ser as aulas nessa altura. Aliás, não é preciso ir muito longe. Em pleno século
XXI ainda há professores que agem tal e qual os professores antigos. Podem não
se considerar donos da sabedoria, o que seria um absurdo, mas continuam usando
o mesmo método, a excessiva transmissão de informações e o menosprezo da
autonomia do aluno. Não coloco aqui em causa a necessidade de adquirimos
informações muitas vezes necessárias e importantes para o nosso viver quotidiano.
Apensas penso, que se devia passar a dar mais atenção a forma como o aluno
pensa e cria seus conhecimentos.
Pois, "a capacidade de pensar vale mais que
a capacidade de memorizar os fatos". O autor dessa magnífica e
verdadeira frase, aos olhos de todos, penso eu, David J. Schwartz, ainda nos
conta uma história interessante:
Uma vez, perguntaram ao grande cientista Einstein
quantos pés tinha uma milha. "Não sei", respondeu ele. "E porque
razão haveria de encher a minha cabeça com fatos que posso encontrar em dois
minutos em qualquer livro especializado?"
E isso é mais evidente hoje em dia porque através
das Novas Tecnologias, conseguimos em pouco tempo aceder a todo o tipo de
informações, podendo até antecipar o que
o professor tem programado para a aula seguinte. Mas temos de ter sempre em
mente que nem toda a informação à que acedemos pode ser credível. Erra o aluno
e porque não dizer também, o professor, quando leva para sala de aula
informações sem nenhum índice de credibilidade. Sim, pode parecer no mínimo
estranho mas nota-se (falo por experiência própria) que alguns professores usam
e abusam da internet assim como nós, estudantes. Já presenciei casos de
professores que copiam conteúdos de sites e os colam em apresentações power point, sem mudar uma virgula e sem
fazer referência à autores. Há aqueles que por outro lado, vão mais longe,
copiam apresentações já prontas e as levam para aula como se fossem de sua
autoria. O que é mais irónico nisso tudo é que são esses professores os
primeiros a nos alertar contra o plágio.
Quando levam para aulas esses conteúdos, sem
credibilidade é possível que surjam dúvidas entre os alunos. E, o professor por
sua vez não se encontra preparado para dar as melhores respostas as questões
que surgem. Trata-se pois de uma situação constrangedora para ambas as partes.
Mas, o professor que planeia as aulas, que usa criatividade própria, que pensa
e repensa as questões que poderão surgir durante as aulas, raramente decepciona
seus alunos. Estejamos atentos e mais cedo ou mais tarde poderemos nos deparar
com situações dessas nas nossas escolas ou universidades. E, há que saber lidar
com elas sem muitas vezes sabermos qual a melhor forma!!!
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