sexta-feira, 30 de novembro de 2012

De que professor(a) precisamos hoje??


O que mais oiço desde o início do curso é que a visão que se tinha do aluno antigamente é diferente da visão que se tem dele nos dias actuais Nada mais certo. Pois, o aluno de antigamente era limitado a aprender, ou memorizar aquilo que o professor transmitia. Ele se assemelhava à uma máquina que somente funcionava sob o controlo do professor. Devia aceitar tudo o que afirmava, já que duvidar de suas afirmações era desrespeitá-lo, e isso implicava uma sanção. Era ele a pessoa mais respeitada na sociedade. Conhecia tudo ou melhor, pensava conhecer tudo. Imagino o tédio que deveriam ser as aulas nessa altura. Aliás, não é preciso ir muito longe. Em pleno século XXI ainda há professores que agem tal e qual os professores antigos. Podem não se considerar donos da sabedoria, o que seria um absurdo, mas continuam usando o mesmo método, a excessiva transmissão de informações e o menosprezo da autonomia do aluno. Não coloco aqui em causa a necessidade de adquirimos informações muitas vezes necessárias e importantes para o nosso viver quotidiano. Apensas penso, que se devia passar a dar mais atenção a forma como o aluno pensa e cria seus conhecimentos.

Pois,  "a capacidade de pensar vale mais que a capacidade de memorizar os fatos". O autor dessa magnífica e verdadeira frase, aos olhos de todos, penso eu, David J. Schwartz, ainda nos conta uma história interessante:

Uma vez, perguntaram ao grande cientista Einstein quantos pés tinha uma milha. "Não sei", respondeu ele. "E porque razão haveria de encher a minha cabeça com fatos que posso encontrar em dois minutos em qualquer livro especializado?"

E isso é mais evidente hoje em dia porque através das Novas Tecnologias, conseguimos em pouco tempo aceder a todo o tipo de informações, podendo  até antecipar o que o professor tem programado para a aula seguinte. Mas temos de ter sempre em mente que nem toda a informação à que acedemos pode ser credível. Erra o aluno e porque não dizer também, o professor, quando leva para sala de aula informações sem nenhum índice de credibilidade. Sim, pode parecer no mínimo estranho mas nota-se (falo por experiência própria) que alguns professores usam e abusam da internet assim como nós, estudantes. Já presenciei casos de professores que copiam conteúdos de sites e os colam em apresentações power point, sem mudar uma virgula e sem fazer referência à autores. Há aqueles que por outro lado, vão mais longe, copiam apresentações já prontas e as levam para aula como se fossem de sua autoria. O que é mais irónico nisso tudo é que são esses professores os primeiros a nos alertar contra o plágio.

Quando levam para aulas esses conteúdos, sem credibilidade é possível que surjam dúvidas entre os alunos. E, o professor por sua vez não se encontra preparado para dar as melhores respostas as questões que surgem. Trata-se pois de uma situação constrangedora para ambas as partes. Mas, o professor que planeia as aulas, que usa criatividade própria, que pensa e repensa as questões que poderão surgir durante as aulas, raramente decepciona seus alunos. Estejamos atentos e mais cedo ou mais tarde poderemos nos deparar com situações dessas nas nossas escolas ou universidades. E, há que saber lidar com elas sem muitas vezes sabermos qual a melhor forma!!!

 

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