quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013


Como estudar Filosofia?  Parte 1



"Se a filosofia deve interessar ao homem enquanto homem, deverá também estar ao alcance do entendimento geral" (Jaspers, 1987: 131)

Não restam dúvidas de que, se a filosofia não fosse de entendimento geral, pouca ou nenhuma importância teria, a não ser para aqueles que a compreendessem de facto.

Da mesma forma que, o entendimento de disciplinas como a química e física, depende de bases adquiridas em matemática, álgebra ou aritmética, o entendimento ou estudo da filosofia depende também, do  bases adquiridas   numa grande variedade de disciplinas, incluindo,  a própria matemática. Tanto em matemática como em filosofia, o pensamento lógico e o raciocínio são importantes. E, não existe nenhuma outra disciplina, a não ser a matemática para nos ensinar, desde crianças, a pensar de forma lógica e racional.

Qualquer indivíduo que queira inteirar-se do estudo da filosofia, terá forçosamente que  conhecer a sua história. Tal história, abarca o seu surgimento, e as principais obras dos seus personagens mais ilustres. Terá também, que se tornar numa pessoa serena e responsável em todos os aspectos de sua vida quotidiana.

Convém que, no início dos estudos, seja capaz de se auto-avaliar, isto é, conhecer suas possibilidades, suas limitações, seus interesses, os reais motivos do estudo, etc. Para isso, é importante responder ou colocar questões do tipo:
- Em qual das ciências tentarei especializar-me para a dominar em profundidade?
Qual dos grandes filósofos deverei não só ler, mas também meditar?
- Como deverei viver?
A resposta para cada uma dessas questões tem de ser encontrada. E, caso as escolhas não demonstrarem ser as melhores, convém não desistir, mas optar por um nova tentativa.
Saber o que o autor quer comunicar, é o primeiro passo, rumo ao entendimento daquilo que lemos. Posto isto,  também é preciso entendermos a linguagem e o próprio assunto com que ele se debate.
Quanto maior for o conhecimento do assunto, tanto maior será a nossa compreensão. Para entendermos um complexo texto de química, é imprescindível o conhecimento do assunto que nele será retratado. Mas, para entendermos um texto de filosofia, nem sempre é preciso termos conhecimento do assunto. Pode-se do conhecimento do texto, desvendar o assunto que é tratado. 

Não há melhor leitura do que aquela que desperta o nosso interesse. E, uma das formas de tornar-mos a leitura interessante, consiste em, pensarmos na coisa em questão, bem como na forma como o autor a encarou.
Ao lermos um texto, é importante que confiemos nas palavras do autor bem como no amor que dedicou ao assunto. 
Convém que, somente após uma profunda e cuidadosa leitura possamos iniciar uma crítica válida.

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