Como estudar Filosofia? Parte 1
"Se a
filosofia deve interessar ao homem enquanto homem, deverá também estar ao
alcance do entendimento geral" (Jaspers, 1987: 131)
Não restam
dúvidas de que, se a filosofia não fosse de entendimento geral, pouca ou
nenhuma importância teria, a não ser para aqueles que a compreendessem de
facto.
Da mesma
forma que, o entendimento de disciplinas como a química e física, depende de
bases adquiridas em matemática, álgebra ou aritmética, o entendimento ou estudo
da filosofia depende também, do bases
adquiridas numa grande variedade de disciplinas,
incluindo, a própria matemática. Tanto em matemática como em filosofia, o
pensamento lógico e o raciocínio são importantes. E, não existe nenhuma outra
disciplina, a não ser a matemática para nos ensinar, desde crianças, a pensar
de forma lógica e racional.
Qualquer
indivíduo que queira inteirar-se do estudo da filosofia, terá forçosamente
que conhecer a sua história. Tal
história, abarca o seu surgimento, e as principais obras dos seus personagens
mais ilustres. Terá também, que se tornar numa pessoa serena e responsável em
todos os aspectos de sua vida quotidiana.
Convém que,
no início dos estudos, seja capaz de se auto-avaliar, isto é, conhecer suas
possibilidades, suas limitações, seus interesses, os reais motivos do estudo,
etc. Para isso, é importante responder ou colocar questões do tipo:
- Em qual das ciências tentarei
especializar-me para a dominar em profundidade?
- Qual dos
grandes filósofos deverei não só ler, mas também meditar?
- Como
deverei viver?
A resposta para
cada uma dessas questões tem de ser encontrada. E, caso as escolhas não
demonstrarem ser as melhores, convém não desistir, mas optar por um nova
tentativa.
Saber o que
o autor quer comunicar, é o primeiro passo, rumo ao entendimento daquilo que
lemos. Posto isto, também é preciso
entendermos a linguagem e o próprio assunto com que ele se debate.
Quanto maior
for o conhecimento do assunto, tanto maior será a nossa compreensão. Para
entendermos um complexo texto de química, é imprescindível o conhecimento do assunto
que nele será retratado. Mas, para entendermos um texto de filosofia, nem
sempre é preciso termos conhecimento do assunto. Pode-se do conhecimento do
texto, desvendar o assunto que é tratado.
Não há
melhor leitura do que aquela que desperta o nosso interesse. E, uma das formas
de tornar-mos a leitura interessante, consiste em, pensarmos na coisa em
questão, bem como na forma como o autor a encarou.
Ao lermos um
texto, é importante que confiemos nas palavras do autor bem como no amor que
dedicou ao assunto.
Convém que,
somente após uma profunda e cuidadosa leitura possamos iniciar uma crítica
válida.
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