domingo, 9 de dezembro de 2012

Trabalhos de Grupo: Objectivos e Finalidades


É normal hoje em dia, encontrarmos em todas as escolas fortes apostas nos trabalhos de grupo, como uma das possíveis formas de se avaliar o aluno.
A forma arbitrária como os grupos são formados permite-nos encontrar indivíduos com personalidades muito diferentes mas que se respeitam mutuamente.
Grupos desse tipo têm muita chance de alcançar o sucesso uma vez que de forma democrática e inteligente conseguem chegar à um consenso quando existem disparidades de opiniões e/ou ideias. 

Mas existem também grupos que fazem do conflito e desentendimento características intrínsecas aos seus trabalhos ou pesquisas. Elementos desses grupos raramente conseguem chegar ao consenso uma vez que não aceitam a ideia do outro mesmo quando demonstrar mais assertividade naquilo que afirma ou defende. A falta de humildade bem como o não respeito ao próximo lhes fazem esquecer que, cada um tem uma forma diferente de olhar a realidade.

Dessa forma, um grupo constituído pelos melhores alunos de uma classe, pode muitas vezes revelar desempenhos relativamente baixos em relação à outros grupos onde pairam a moral, a ética e o respeito para com o semelhante.
Quando os grupos são formados de forma arbitrária, é também notável um certo desequilíbrio nos resultados finais uma vez os colegas que aparentam ter certas dificuldades tendem a ser marginalizados em detrimento de outros que apresentam bons resultados, e, que são considerados nesse sentido mais “capazes”.

O objectivo é ter uma boa nota no final do trabalho e da avaliação e, nesse sentido quanto menos obstáculos existirem, melhor para o grupo. Criam-se então estratégias de inclusão ou exclusão daqueles que  tanto podem ajudar como dificultar  o alcance de tal objectivo.
Os indivíduos caracterizados de “fracos”, “lentos”, “preguiçosos”, são normalmente amontados num único grupo quando deviam ser ajudados e inseridos em grupos diferentes onde pudessem, aprender, e demonstrar as suas potencialidades. 


Como seres humanos, já deveríamos ter percebido que também se aprende, e muito, com o insucesso
ou fracasso. E, muitas vezes na ânsia de alcançarmos o sucesso, a humildade é colocada de lado e tropeçamos na nossa própria arrogância. Como futuros profissionais, é importante que saibamos desde cedo não só interagir, como também ajudar os mais necessitados. Acções nobres, e altruístas fazem-nos sentir úteis numa sociedade em que fazer o bem é muitas vezes banalizado.
Não sou contra os trabalhos de grupo. Sou contra a forma como são idealizados tanto pelos professores
como pelos próprios alunos já que, aqueles não conseguem reequilibrar os grupos tento em vista a promoção da igualdade e interajuda, e estes por sua vez, não conseguem estabelecer uma ligação saudável assente no respeito e na aceitação do próximo. Para além disso, consta-se que alguns grupos ou elementos de grupo banalizam os trabalhos de investigação e não dão devido valor à construção
do seu próprio conhecimento.

Sem comentários:

Enviar um comentário