Por que nos sentimos acomodados ao mundo físico ao invés de explorá-lo?
Há tanto que aprender em relação ao mundo em que vivemos que as pessoas nem imaginam. Nos acomodamos de tal modo a esse mundo, que deixamos de o ver com os olhos de uma criança.
Temos de aprender a questionar sobre a natureza, sobre a vida, sobre a nossa própria existência. Não é somente acreditar naquilo que os outros dizem, naquilo que os sentidos nos transmitem.
Parece que estamos a regredir em termos de construção do conhecimento e que o nosso futuro está entregue as mãos da ciência que diz e desdiz e nós simplesmente aceitamos. Será que não somos capazes de colocar nossas próprias questões e tentar respondê-las?
Ninguém fica indiferente em relação a evolução da ciência. Basta ver as vantagens que tal evolução nos proporcionou. Mas a ciência continua sendo imperfeita enquanto o homem também o for. Tal como nós, a ciência está sujeita a erros, erros esses que podem afectar toda a humanidade.
Muitos ainda não conseguem acompanhar o ritmo actual da evolução do mundo. As mudanças e as novidades precisam ser rapidamente assimiladas, por que senão, nos atrasámos em relação aos outros. Mas de que tipo de atraso está-se a falar?
Podemos facilmente verificar que a sociedade tende a seguir o mesmo ritmo da ciência. Basta fazer uma retrospectiva no tempo e ver que a sociedade de ontem é completamente diferente da sociedade de hoje.
Contudo, sérios problemas tendem a permanecer no seu cerne, independentemente da época, como se o homem não fosse capaz de o resolver, como é o caso da violência. É caso para perguntarmos: por que existe a violência? Por que existem as guerras? Algum dia alcançaremos a paz? Quando?
A ciência pode criar, inovar mas não consegue dar resposta a todas as questões.
Algumas pessoas pensam que o mundo físico é o mundo real. Mas, chegará um dia em que irão querer saber quem são, o que são e por que são. E será que a ciência será capaz de dar resposta à essas questões. De tanta evolução parece que ainda não sabemos muito!
Por que a ciência é tão limitada pelo seu método de estudo? Por que não procura outras formas de construção do conhecimento?
Nós nem mesmo sabemos para onde a ciência nos pretende levar. Nem sabemos se o que afirma é verdade. Ela se preocupa tanto com a existência de vida em outros planetas que se esquece que ainda há vida no nosso. Há muita coisa que ainda é preciso ser feito. Estamos vivendo num sono profundo em que confundimos os sonhos com a própria realidade. Mas um dia teremos de acordar, e entender que os sonhos eram apenas ilusões, e que não correspondiam nesse caso a realidade em si.
Se o mundo é dinâmico e não estático, por que percepciona-lo de uma forma estática? Por que fazer da nossa vida uma rotina? Por que temos tempo para tudo menos para fazer perguntas a cerca da nossa própria realidade?
Nem todas as nossas necessidades podem ser satisfeitas com os recursos tecnológicos e intelectuais que temos ao nosso dispor. O ser humano está sempre insatisfeito. Procura sempre mudança por que não gosta do que é monótono.
As necessidades morais e espirituais existem de facto. Mas em que medida podem ser satisfeitas num mundo em constantes mudanças?
Os nossos sentidos estão sempre nos “enganado” mas continuamos sempre acreditando neles. Para nós mesmos, somos os seres mais perfeitos do universo inteiro, a excepção talvez de Deus. Mas vendo a imensidão do universo, o que nos faz acreditar de facto que sejamos os únicos a habitá-lo?
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