segunda-feira, 15 de abril de 2013

Mudam-se os tempos, mudam-se as práticas!


O contexto socio-histórico e cultural que cada sociedade vive, influencia a forma como os fenómenos, problemas e acontecimentos são percepcionados pelos diversos agentes sociais. Interfere ainda no papel que é atribuído as diversas instituições que a constituem. Por exemplo, o papel que hoje atribuímos a escola (ou educação), é bem diferente do papel que lhe era atribuído há alguns séculos atrás.

O modelo de ensino defendido numa determinada época, pressupõe um conceito específico da avaliação e de aprendizagem. No ensino tradicional, a avaliação era sinónimo de classificação ou medição. Nessa altura, eram bem visíveis as influências da teoria behaviorista sobre o processo ensino-aprendizagem. O acto educativo assentava-se exclusivamente na realização de testes escritos que avaliariam a capacidade do aluno debitar uma enorme quantidade de conteúdos transmitidos pelo professor. O objectivo era a classificação e selecção dos melhores alunos com base nos resultados alcançados. A passividade do aluno em relação a aprendizagem e a supremacia do professor era um dos aspectos que caracterizavam esse tipo de ensino.

Com a “queda” do behaviorismo e consequente emergência do construtivismo, novos papéis foram atribuídos a avaliação e a educação. O objectivo principal deixa de ser a mera classificação do aluno, passando a centrar-se no seu desenvolvimento integral. A avaliação é então considerada um processo, dinâmico, contínuo e sistemático que pretende favorecer o acto educativo e, consequentemente da aprendizagem significativa dos alunos. O papel que desempenhavam outrora no ensino-aprendizagem, é substituído (pelos menos em termos teóricos) por um mais activo e dinâmico. O objectivo é que o aluno seja capaz de seleccionar as suas aprendizagens e de construir seus próprios conhecimentos com, ou sem, a ajuda do professor-mediador.

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