O
contexto socio-histórico e cultural que cada sociedade vive, influencia a forma
como os fenómenos, problemas e acontecimentos são percepcionados pelos diversos
agentes sociais. Interfere ainda no papel que é atribuído as diversas
instituições que a constituem. Por exemplo, o papel que hoje atribuímos a
escola (ou educação), é bem diferente do papel que lhe era atribuído há alguns
séculos atrás.
O
modelo de ensino defendido numa determinada época, pressupõe um conceito
específico da avaliação e de aprendizagem. No ensino tradicional, a avaliação
era sinónimo de classificação ou medição. Nessa altura, eram bem visíveis as
influências da teoria behaviorista sobre o processo ensino-aprendizagem. O acto
educativo assentava-se exclusivamente na realização de testes escritos que
avaliariam a capacidade do aluno debitar uma enorme quantidade de conteúdos
transmitidos pelo professor. O objectivo era a classificação e selecção dos
melhores alunos com base nos resultados alcançados. A passividade do aluno em
relação a aprendizagem e a supremacia do professor era um dos aspectos que
caracterizavam esse tipo de ensino.
Com
a “queda” do behaviorismo e consequente emergência do construtivismo, novos
papéis foram atribuídos a avaliação e a educação. O objectivo principal deixa
de ser a mera classificação do aluno, passando a centrar-se no seu
desenvolvimento integral. A avaliação é então considerada um processo, dinâmico,
contínuo e sistemático que pretende favorecer o acto educativo e,
consequentemente da aprendizagem significativa dos alunos. O papel que
desempenhavam outrora no ensino-aprendizagem, é substituído (pelos menos em
termos teóricos) por um mais activo e dinâmico. O objectivo é que o aluno seja
capaz de seleccionar as suas aprendizagens e de construir seus próprios
conhecimentos com, ou sem, a ajuda do professor-mediador.
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